quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

SAUDADES

Peço licença para sentir saudades. Saudades de um tempo que não volta, mas que contribuiu para fazer o homem que sou hoje. Saudades de uma felicidade simples, quando largava da escola e esperava ansiosamente para jogar no vídeo-game e brincar com meu cachorro. Do dia de sexta-feira que era mais feliz porque podíamos usar outros tipos de roupas para ir ao colégio. Saudades da satisfação que sentia quando minha família se reunia para passar o final de semana no sítio e eu ia observando cada animal que tinha lá. Nesse tempo, eu brincava com meus irmãos e tudo sempre acabava em confusão. Hoje, cada um mora em uma casa diferente. Naquele tempo, eu achava que um ano era muita coisa e que ele demorava demais para passar. Hoje, o ano passa que eu nem percebo, de repente, acabou. Saudades de um tempo em que eu me apaixonava inocentemente e achava que ia morrer de amor por não ser correspondido. Aquele sentimento movia muitas coisas na minha vida, eu me esforçava para ser uma pessoa melhor. Eu também tenho saudades de pessoas que eu nunca mais vi, do tempo em que eu vivia num mundo paralelo, onde eu conversava com meus animais. A tia da escola uma vez me perguntou quem eram meus amigos fora dali e eu disse que eram o meu cachorro, meu galo e meus coelhos. Eles realmente eram meus grandes amigos. E hoje deu saudades deles. Saudades do sim do meu pai, de pular de alegria quando ele me deixava fazer algo, que precisava de sua aprovação. Das travessuras das férias, da convivência com os primos. Sinto saudades de contar todo o meu dia para a minha mãe quando ia dormir e das cartas que trocava com meus amigos que moravam longe. Eu sinto saudades de uma época mágica, chamada infância. Lá eu também fui muito feliz. Agora, sou feliz com essas boas lembranças.

- Crônicas que eu não enviei



Texto dedicado aos alunos do 3º ano da Escola Edimar Martins.













Prof: Mikaelle Sales
Coordenadora do LEI
09 de dezembro de 2015

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